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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Os Estranhos do Bem

Pouco lembro do apartamento onde passei minha infância, mas não esqueci nada da rua onde morava, das casas vizinhas, do quarteirão inteiro onde eu brincava desde o início da tarde até o início da noite e, por vezes, inclusive à noite. Naquela época não havia medo de assaltos, de atropelamentos, de sequestros relâmpagos: a gente pegava a bicicleta e saía com a maior liberdade, sem pânico nem neuras, o oposto do que acontece hoje, quando as crianças só podem brincar dentro do prédio, em prisão domiciliar. Porém, mesmo com liberdade, havia um perigo rondando. Você deve lembrar o que nossos pais buzinavam em nossos ouvidos a cada vez que abríamos a porta de casa para sair: Não dê conversa a estranhos. Mais uma vez, é o oposto do que acontece hoje. Trancafiados em casa, com as bicicletas enferrujando na garagem, não se faz outra coisa a não ser dar conversa a estranhos. Quando menina, eu me perguntava: o que será que eles (os adultos) querem dizer com “estranho”? Estranho, pra mim, era um cara que usasse óculos escuros à noite, tivesse um bruta cicatriz ao lado da orelha e uma faca ensanguentada entre os dentes. Mas estranho, pra eles, ia além: era qualquer um que a gente não conhecesse. Podia ser o pároco do bairro: um estranho. Corra! Assim que tive idade para diferenciar conhecidos e estranhos, acolhi ambos. De um lado, me apegava às amigas do colégio, todas falando igual, vestindo igual, pensando igual e usando o mesmo cabelo: nada como reforçar nossa identidade. De outro, queria saber como era viver em outro país, ter experiências diferentes das minhas, outros costumes. Os livros e o cinema alimentavam essa minha curiosidade, mas não bastava. Então me inscrevi num programa de intercâmbio de correspondências e acabei fazendo amizade com a Julie, que morava no interior da Inglaterra, com o Carlos, que morava no México, e com a Michelle, que morava na Nova Zelândia. Trocávamos fotos, falávamos da nossa vida pessoal, contávamos segredos que atravessavam oceanos, tudo em cartas escritas ora em inglês, ora em espanhol, e quando ninguém se entendia, desenhava-se. O que foi feito deles? Não faço a mínima ideia. Mas foram esses estranhos que ampliaram um pouco os meus horizontes e deram sabor de aventura à minha adolescência. Aí a gente cresce e inventam um troço chamado computador. E os pais somos nós! Conscientes das nossas responsabilidades, batemos à porta do quarto das crianças e damos sequência à tradição, alertando-os: “Não dê conversa a estranhos”. Quá, quá, quá. Afora as orientações inevitáveis contra pedófilos e mal-intencionados em geral, é preciso relaxar: ninguém com mais de 10 anos evita estranhos, ao contrário, eles são buscados freneticamente no MSN, no Facebook, no Twitter, no Orkut, onde todos se expõem, transformando o mundo num gigantesco albergue coletivo. Uma versão ligeiramente mais abrangente e instantânea do que aquele meu programa de correspondência internacional. Jamais pedi atestado de bons antecedentes para quem não conheço. Estranho é mau? Estranho é pior do que a gente? Se devemos ter vigilância com nossos filhos - e devemos mesmo - é preciso também controlar a paranoia e não surtar por eles trocarem ideias com quem nunca viram antes, e provavelmente jamais verão. Dar conversa a estranhos não significa dar o endereço, o telefone e a senha do banco. Pode ser apenas um bate-papo divertido. E só pra lembrar: estranhos, somos todos.

domingo, 22 de agosto de 2010

Agricultor





Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados uns dos outros. Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições. Todos que viviam ali trabalhavam na roça do senhor João, dono de muitas terras, que exigia trabalho duro, pagando muito pouco por isso.

Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé alegria. Era um jovem agricultor em busca de trabalho. Foi admitido e recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.

O jovem, vendo aquela casa suja e abandonada, resolveu dar-lhe vida nova. Cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e brilhantes, além de plantar flores no jardim e nos vasos. Aquela casa limpa e arrumada destacava-se das demais e chamava a atenção de todos que por ali passavam.

Ele sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, por isso tinha o apelido de Zé alegria. Os outros trabalhadores lhe perguntavam:
- Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?

O jovem olhou para os amigos e disse:
- Bem, este trabalho hoje é tudo que eu tenho. Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por ele. Quando aceitei trabalhar aqui, sabia das condições. Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando. Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.

Os outros, que acreditavam ser vítimas das circunstâncias, abandonados pelo destino, o olhavam admirados e comentavam entre si:
- Como ele pode pensar assim?

O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção do fazendeiro, que passou a observá-lo à distância.

Um dia, o sr. João pensou:
- Aguém que cuida com tanto carinho da casa que emprestei, cuidará com o mesmo capricho da minha fazenda. Ele é o único aqui que pensa como eu. Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.

Num final de tarde, foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem o cargo de administrador da fazenda. O rapaz aceitou prontamente.

Seus amigos agricultores novamente foram lhe perguntar:
- O que faz algumas pessoas serem bem sucedidas e outras não?

A resposta do jovem veio logo:
- Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o principal é que: não somos vítimas do destino.

Existe em nós a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende de cada um.

Pense nisso!

sábado, 7 de agosto de 2010

Amaldiçoando à toa




Um feiticeiro mexicano conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com agilidade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.

O aprendiz blasfema, levanta-se, cospe no chão traiçoeiro, e continua a acompanhar seu mestre.

Depois de longa caminhada, chegam a um lugar sagrado. Sem parar, o feiticeiro dá meia-volta e começa a viagem de volta.

- “Você não me ensinou nada hoje”, diz o aprendiz, levando mais um tombo.

- “Ensinei sim, mas você parece que não aprende”, responde o feiticeiro. “Estou tentando lhe ensinar como se lida com os erros da vida”.

- “E como lidar com eles?”

- “Como deveria lidar com seus tombos. Ao invés de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que provocou a queda”.



(por Paulo Coelho,

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Talento




“Talento” não significa necessariamente pintar obras-primas. Cuidar das pessoas é um talento. Ensinar é um talento. Fazer com que os outros se sintam bem-vindos é um talento. Administrar é um talento. Ser pai ou mãe é um talento.
Com muita freqüência nos subestimamos às nossas aptidões. O ceramista diz: “quem me dera ser músico; aí, sim valeria a pena...”. O pianista, por sua vez afirma: “se eu soubesse fazer coisas com as mãos...”. Não compare as suas habilidades com as dos outros. Faça o que você sabe fazer. Aceite o talento que tem. A realização vem do desenvolvimento dos seus dons, não de desejar os alheios...

Se Deus lhe deu o dom de trabalhar em uma escola maternal, porque você há de querer ser banqueira e passar a vida mastigando cifras? Dê um pouco de crédito a Ele! Se você é capaz de imaginar quais são os seus dons, Ele também é.

Outra coisa que noto: a maioria das pessoas que dizem que não têm talento não tentou muita coisa. Antes de mais nada, o talento pode ser útil, mas não é tudo! Quando se fala do sucesso de alguém – seja em que área for – quase sempre há uma referência ao seu “extraordinário” talento. Mas, quando essa pessoa fala de seu sucesso, menciona o quanto trabalhou para chegar lá. Ela sabe que o que a diferencia de milhares de outras pessoas é a sua atitude e o seu esforço.

Pessoas passivas e negligentes dão muita ênfase ao talento. Para elas, o talento ou a falta dele é uma desculpa excelente para não fazer nada.

Se há uma importante qualidade comum aos grandes artistas, cientistas, estrelas do esporte, humanistas, empresários bem-sucedidos, não é o talento: é o enfoque. Uma vez que você saiba o que quer, concentre-se nisso! Ninguém consegue fazer tudo. Você não pode salvar as baleias, curar os enfermos e proteger a camada de ozônio - tudo ao mesmo tempo. Deixe algumas tarefas para o resto da humanidade.

(texto de Andrew Matthews no livro "Siga seu Coração")

domingo, 25 de julho de 2010

O Valor da Amizade




A palavra amizade vem do latim "amicitia", que significa também afeição, simpatia, aliança, pacto... Mesmo com todas as possíveis significações do termo, não podemos esquecer que nos referimos a um conceito abstrato, não palpável, não mensurável e não visível.

Para o filósofo grego Aristóteles, a amizade é antes de tudo uma grande virtude, e o bem mais precioso da vida porque, sem ela, de nada adianta ter poder, dinheiro e sucesso...

O fato é que a amizade pertence à esfera dos sentimentos e, como tal, pode ser apenas parcialmente explicada ou descrita. Assim como o amor, a paixão, o desejo, a admiração, a solidão, a angústia e o medo, a amizade ultrapassa todas as explicações racionais e exatas.

Ela é um verdadeiro banquete para o espírito, o coração e as sensações, além de produzir material farto para a prosa, a poesia, o cinema, a música e todas as demais formas de arte.

A literatura, por exemplo, é riquíssima em personagens maravilhosos cujas histórias foram construídas tendo a amizade como pilar de suas aventuras e peripécias. É o caso de Dom Quixote e Sancho Pança, João e Maria, Sherlock Holmes e Watson, entre outros...

Todos personagens riquíssimos e exemplos de amizade tão raros e grandiosos, capazes de aproximar os leitores do significado real desse sentimento nobre.

Cabe a nós descobrir, semear e multiplicar para além da ficção o valor magnânimo desse sentimento... Talvez agindo dessa forma possamos comprovar que a amizade é a certeza do porto seguro, do ombro amigo, do abraço forte e do sorriso franco que amenizam dores, derrotas, tristezas, angústias, temores e inseguranças...

(Gabriel Chalita – livro "A Pedagogia do Amor" – ed. Gente)

sábado, 17 de julho de 2010

O Barqueiro





Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:
- Companheiro, você entende de leis?
- Não - Responde o barqueiro.

E o advogado compadecido:
- É pena, você perdeu metade da vida!

A professora muito social entra na conversa:
- Seu barqueiro sabe ler e escrever?
- Também não - Responde o remador.
- Que pena! - Condoi-se a mestra!
- Você perdeu metade da vida!

Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O canoeiro preocupado, pergunta:
- Vocês sabem nadar?
- Não! - respondem eles rapidamente.
- Então é uma pena - concluiu o barqueiro. Vocês perderam toda a sua vida!"

"Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes!"

Pense nisso e valorize todas as pessoas com as quais tenha contato.
Cada uma delas tem algo diferente para nos ensinar...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A recompensa do Pensamento são os Resultados






Se há alguma coisa que você não quer na vida, pare de se preocupar com ela e para de falar nela! É a energia que você investe que a mantém viva. Retire essa energia, e o problema desaparecerá. A briga é o exemplo perfeito: se seu marido voltar para casa procurando briga e você se recusar a discutir, o que acontecerá? Só restará a ele brigar consigo mesmo!

Sempre que você estiver preocupado, constrangido ou simplesmente pensando em alguma coisa, as outras pessoas continuarão falando nela...

Quando a gente de fato abre mão de uma coisa emocionalmente, ela se evapora. Isso leva a outro princípio: quando largamos uma coisa, ela nos larga. Ou seja: enquanto você estiver se defendendo, as pessoas o atacarão. Por que? Porque nós só nos defendemos quando estamos inseguros quanto a nossa situação. Verdade!...

Quer um exemplo? Digamos que você seja objeto de fofocas no escritório. Se começar a fazer declarações públicas afirmando a sua inocência, só estará botando lenha na fogueira. Basta não fazer caso para que tudo passe. Não estou dizendo que você não deva se defender. Não. O que quero dizer é que enquanto protestamos e sofremos, enquanto estivermos saltando de um lado para outro, manteremos o problema vivo.

Eu me lembro de ter visto passeatas de protestos nos anos 60. Perguntei ao meu pai: “Por que eles se espancam assim?”. E ele respondeu: “Porque querem a paz!”. A gente não combate a guerra. Concentra-se na paz.



Em poucas palavras: se você transformar a vida numa campanha contra o que quer que seja, as coisas que combate se expandirão. Decida do que você está a favor.




(texto de Andrew Matthews no livro "Siga seu coração")

domingo, 27 de junho de 2010

Compreender o indivíduo


Todos nós temos uma conta bancária emocional com outras pessoas, cujo fundo é uma reserva de confiança. Essa reserva – para se manter em alta – necessita de depósitos constantes, como gentileza, cortesia, atenção, respeito, atenção, carinho, e assim por diante.


Tentar compreender realmente a outra pessoa é provavelmente um dos depósitos mais importantes que se pode fazer, além de ser a chave para todos os outros. Isso porque você simplesmente não sabe o que constitui um depósito para a outra pessoa, até entendê-la como indivíduo. Afinal, o que pode ser um depósito para você – sair para dar uma volta e conversar sobre os problemas, ir tomar um sorvete, trabalhar em um projeto comum – pode não ser entendido como tal pelo outro... Ou seja, a missão de uma pessoa pode ser apenas um “detalhe” para a outra...



Nossa tendência é projetar nossa própria experiência de vida naquilo que acreditamos que as pessoas querem ou precisam... Nossa interpretação do que constitui um depósito se baseia em nossas necessidades e desejos... E o que é pior, se os outros não consideram nosso esforço como um depósito, tendemos a tomar essa reação como uma forma de rejeição a nossas boas intenções, e desistir.


A ‘regra de ouro’ diz: “faça aos outros o que deseja que façam a você”. Apesar da objetividade dessa frase, acredito que seu significado essencial seja: entenda os outros em profundidade – como indivíduos – do mesmo modo como você gostaria de ser compreendido, e depois trate-os em função dessa compreensão.

Um pai bem sucedido disse a respeito da educação dos filhos: “trate a todos igualmente, tratando como um de forma diferente”.


(por Stephen R. Covey no livro "Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes")

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Encorajamento



“ Trate um homem de acordo com o que ele aparenta ser e estará fazendo o pior. Porém, trate um homem como se já fosse o que ele potencialmente poderá vir a ser, e estará fazendo dele o que deveria ser.”
(Johann Wolfgang von Goethe - poeta, escritor e filósofo alemão)


O escritor Mark Twain advertiu: “Fique longe de pessoas que tentam diminuir as suas ambições. Pessoas pequenas sempre fazem isso, mas as realmente grandes, fazem com que você sinta que também pode tornar-se grande”.

Como é que a maioria das pessoas se sente quando está perto de você? Sentem-se pequenos e insignificantes, ou acreditam em si mesmos e têm esperanças sobre aquilo que podem vir a ser?

(...)

Poucas coisas ajudam tanto uma pessoa quanto o encorajamento. George M. Adams chamou-o de “oxigênio para a alma”. O filósofo e poeta alemão Johann Wolfgang von Goethe escreveu: “A correção faz muito, mas o encorajamento após a censura é como o sol depois da tempestade”. E William A. Ward revelou seus sentimentos quando disse: “Lisonjeie-me, e não acreditarei. Critique-me, e talvez não goste de você. Ignore-me, e talvez não lhe perdoe. Encoraje-me, e nunca lhe
esquecerei”.

(...)

Uma história maravilhosa sobre o cuidado e o encorajamento conta que havia um garoto chamado Tommy que passou por um período de muitas dificuldades na escola. Fazia continuamente muitas perguntas, não conseguia manter-se calado. Parecia que falhava cada vez que tentava fazer alguma coisa. Sua professora finalmente desistiu dele, e disse para sua mãe que ele não tinha condição de aprender e nunca alcançaria muitas coisas. Mas a mãe de Tommy era uma pessoa que cuidava de outras pessoas. Sabia encorajar. Ela acreditava nele. Ela passou a
estudar com ele em casa, e a cada vez que ele falhava, ela lhe dava esperanças e encorajamento para continuar tentando.

O que aconteceu com Tommy?
Tornou-se um inventor com mais de mil inventos patenteados, incluindo a vitrola e a primeira lâmpada elétrica incandescente, comercialmente viável. Seu nome era Thomas Edison.

Quando as pessoas são encorajadas, é impossível prever o quão longe podem chegar. A falta de encorajamento pode impedir uma pessoa de viver uma vida saudável e produtiva. Mas quando a pessoa se sente encorajada, ela pode enfrentar o impossível e superar adversidades incríveis. E a pessoa que fornece o presente do encorajamento se torna aquela que faz diferença em sua vida.

Vou repetir, então, a pergunta do início do texto:
Como é que a maioria das pessoas se sente quando está perto de você?



Texto adaptado do livro Insight II.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Quando uma etapa chega ao final


Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."

(Luiz F. Magliocca)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

formspring.me

Faça-me uma pergunta... http://formspring.me/wbrites

A perspectiva faz toda a diferença


Torne-se um ´possibilitário´. Não importa a dificuldade que as coisas aparentam ter ou que, de fato, possuam, eleve sua visão e veja possibilidades – sempre as veja, pois elas sempre existem.”
(Norman Vincent Peale)

Muitos de nós fomos, desde o nascimento condicionados a ver o mundo sob uma perspectiva negativa.

A vida depende em grande parte do modo como você a enxerga. Você pode ter uma perspectiva positiva mesmo diante das adversidades. E a nossa perspectiva sempre determina como reagimos diante dos acontecimentos que nos cercam.


(...)

A forma como você se depara diante dos problemas no trabalho, em casa, com a saúde depende do modo como vê as coisas.

Pense em alguma coisa contra a qual tem lutado há muito tempo, alguma destinação que tende a ser fonte de irritação ou frustração. Agora imagine o que poderia acontecer se você conseguisse de alguma forma fazer as pazes com isso, ver isso de um jeito diferente, seja o que for.

Ver por um outro prisma é muito mais que uma frase animadora ou algo que fica bonito em um texto sobre ser feliz. Na verdade é um modo prático de reduzir as fontes de angústia e de estresse na vida. Ver sob uma nova luz, é mudar de idéia ou modificar o que você sente, é transformar provavelmente, o que seria uma grande dor, em uma oportunidade de agradecer, afinal poderia ser pior.



Texto adaptado do livro Fênix.
de Daniel Carvalho Luz.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ser Mãe é escolha


Ser mãe não é privilégio, castigo ou premiação. Ser mãe é escolha. Deles, os filhos.
São eles que, após longa busca e rigorosa seleção, escolhem nascer através de você. Sabem que serão paradoxalmente livres, inexatos, inacabados e indecifráveis e só você poderá, apesar de, mesmo que e acima de, amá-los intransitivamente, forever... Sabem que o mundo é louco, perigoso e cheio de armadilhas e precisarão ser salvos a cada instante. Sabem que só você é bipolar; doce e azeda, fada e bruxa, céu e inferno, depende da hora. Velha demais para entendê-los; jovem demais para morrer um dia.

O seu filho escolheu você. Escolheu, porque sabe que, a despeito de não ter receita, você tem os ingredientes necessários para cada fase da vida com ele:
- Auto-estima inabalável. Nos meses de gestação você se transforma num imenso e disforme pedaço de carne com olhos. Duas pessoas em um só corpo. Depois que ele nasce, volta a ser só meia. Seu hábeas corpus desaparece. Só come ou dorme quando ele deixa.
- Rapidez reativa para tirar de sua boca objetos pontiagudos, insetos vivos, materiais tóxicos, lixo e afins. Ufa!... foi por pouco!
- Condicionamento de atleta para sobreviver à fase em que engatinha e anda por terrenos inseguros.
- Grande senso de humor para achar graça quando ele recorta sua Harper's Bazaar para fazer a lição de Artes. Justo a página cujo verso estampava o Mel Gibson... sem camisa!
- Resistência a intermináveis horas de vigília. A noite inteira acordada, perdida numa montanha de Lego, para finalmente, às 6:00 h da matina, hastear a bandeira de caveira no barco pirata, após a última das 1.536 peças.
- Discernimento de prioridade. A cirurgia de miopia, há três meses agendada, terá que esperar. No mesmo dia haverá troca de faixa no judô da escola.
- A insuspeitável capacidade de viver com o coração batendo do lado de fora do peito. Adolescente, o filho insiste em manter sigilo absoluto sobre o seu paradeiro nas intermináveis madrugadas. Ah, que alívio!... o barulho da chave na porta.
- Flexibilidade e tolerância. Depois dos cinco vestibulares, cinco semestres em cinco universidades diferentes, ele já sabe o que quer. Quer ser músico. Tocar sax no bar de um amigo.

Enfim, adulto. Independente, vida feita. É hora de fazer as pazes com o possível. E o possível é a alegria com data marcada. Ele liga no Natal e no Dia das Mães.

Maria Balé, escritora e fotógrafa

domingo, 2 de maio de 2010

Para Sempre

No proxímo Domingo é um dia que as mães são homenageadas,e como Deus resolveu levar a minha, para estar ao lado d'Ele, e nesse dia não terei tempo de postar um texto, estou fazendo isso agora. Uma homenagem a todas as Mães e em especial: Itelvina, Odavia, Elídia, Liberalina, Sueli... pessoas estas, que sempre estiveram ao meu lado quando precisei.





Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.


Carlos Drummond de Andrade

sábado, 1 de maio de 2010

Sempre te Amarei



Achei a letra dessa canção muito linda e resolvi postá-la aqui, claro um oferecimento a pessoa que amo: Adriana Oliveira Silva, minha esposa.

No céu, a brilhar Uma estrela está Mas não é o teu olhar Te amar é pensar Estar a sonhar E não querer acordar

Esta força que nos une é uma extensão do amor de Deus
Ele foi quem escreveu
Você e eu

Sempre te amarei e, haja o que houver,
Estarei colhendo uma rosa pra te dar
Tuas lágrimas secarei
Presente de Deus é como eu vejo você
Com carinho, quero te guardar num lugar seguro
No meu coração

Ao teu lado sempre estarei
Seguiremos sempre juntos
A canção que, um dia, me tocou
Hoje sei, era você

Dedy Coutinho, Geferson Kleiton

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O poder de uma semente


Europa, 1934. A praga do anti-semitismo de Hitler infestava o continente. Alguns escapariam dele. Alguns morreriam em conseqüência dele. Mas Heinz, um garoto de 11 anos, aprenderia dele. Ele aprenderia o poder de semear sementes de paz.
Heinz era judeu.
A vila Bavária de Furth, onde Heinz morava, fora tomada pelos jovens fanáticos de Hitler. O pai de Heinz, um professor, perdeu seu emprego. Não havia mais atividades. A tensão nas ruas era cada vez maior.
Os jovens soldados de Hitler perambulavam pela vizinhança procurando confusão. O jovem Heinz aprendeu a ficar de olhos abertos. Quando ele via um bando de desordeiros, passava para o outro lado da rua. Algumas vezes ele escapava de uma luta; outras vezes, não.
Certo dia, em 1934, aconteceu um confronto crítico. Heinz se encontrou face a face com um jovem hitlerista. A surra parecia inevitável, entretanto, ele saiu ileso, não por causa do que fez, mas por causa do que disse. Ele não brigou, apenas falou. Ele convenceu os arruaceiros de que a briga não era necessária. Suas palavras contiveram a batalha. E Heinz viu, de primeira mão, como a língua pode promover a paz.
Ele desenvolveu a habilidade de usar palavras para evitar conflitos. E para um jovem numa Europa dominada por Hitler, essa habilidade teve muitas oportunidades de ser usada.
Felizmente a família de Heinz fugiu da Bavária e veio para a América. Mais tarde ele falava do impacto dessas experiências na adolescência sobre seu desenvolvimento.
É de admirar. Depois que Heinz cresceu, seu nome se tornou sinônimo de negociação de paz. Seu legado se tornou o de um construtor de pontes. Em algum lugar ele aprendeu o poder da palavra de paz dita na hora certa, e alguém pode perguntar se o seu treinamento não ocorreu nas ruas da Bavária.
Você não o conhece pelo nome de Heinz. Você o conhece pelo nome anglicizado de Henry. Henry Kissinger.
Nunca subestime o poder de uma semente. (...) O que você vê não é tudo o que existe. Isto é potencial. Não se trata do que é, mas do que poderá vir a ser.
Deus criou tudo com potencial, inclusive você. Ele colocou uma semente dentro de cada coisa e plantou dentro de cada um que criou. Tudo na vida tem um potencial.
Não aceite o seu presente estado como definitivo porque ele é apenas isso, um estágio, uma fase de sua vida. Não se satisfaça com sua última realização, por que há muitas outras ainda.

"As coisas podem chegar até aqueles que esperam, mas são somente as sobras deixadas por aqueles que lutam".
(Abraham Lincoln)




Texto adaptado do livro Insight I de Daniel Carvalho Luz.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Noite Cheia de Estrelas



Noite Cheia de Estrelas
Noite alta, céu risonho
A quietude é quase um sonho
O luar cai sobre a mata
qual uma chuva de prata
de raríssimo esplendor
Só tu dormes, não escutas
o teu cantor
revelando à lua airosa
a história dolorosa
desse amor

Lua, manda tua luz prateada
despertar a minha amada
Quero matar meus desejos
Sufocá-la com meus beijos
Canto e a mulher que eu amo tanto
não me escuta, está dormindo
Canto e por fim
nem a lua tem pena de mim
Pois ao ver que quem te chama sou eu
entre a neblina se escondeu

Lá no alto a lua esquiva
está no céu tão pensativa
As estrelas são serenas
qual dilúvio de falenas
andam tontas ao luar
Todo o astral ficou silente
para escutar
o teu nome entre as endeixas
As dolorosas queixas
ao luar

Lua, manda tua luz prateada
despertar a minha amada
Quero matar meus desejos
Sufocá-la com meus beijos
Canto e a mulher que eu amo tanto
não me escuta, está dormindo
Canto e por fim
nem a lua tem pena de mim
Pois ao ver que quem te chama sou eu
entre a neblina se escondeu
Jessé

domingo, 25 de abril de 2010

Amigos



Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.



A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...



A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.



Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.



Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu oro pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha oração é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.



Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...



Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!



A gente não faz amigos, reconhece-os."

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Descobrindo o diferencial




Um dos grandes dilemas de um líder é decidir de que tipo ele será: o que segue as regras estabelecidas, ou o que estabelece essas regras.



Um exemplo de líder que estabelece as regras do jogo é Howard Putnam, ex-presidente da Southwest Airlines, que não só estabeleceu novas regras na aviação como reinventou seu negócio, diferenciando-se na oferta de valores a seus clientes e também na gestão de pessoas.



Ele começou como carregador de malas em uma companhia; fez carreira na área de marketing na United e, finalmente assumiu a presidência da Southwest – considerada uma das empresas mais bem sucedidas do mundo. Como conseguiu? Implantando o modelo “baixo custo e baixa tarifa”. A companhia aérea não oferece refeições a bordo, não faz reservas mas garante alta pontualidade, padrão de limpeza e diversão no atendimento – em terra e no ar.



Outros líderes e empresas que se notabilizaram por mudar as regras do jogo: Michael Dell, que reinventou a forma de vender computadores na Dell Computers; a ESPN, canal de TV que se especializou em transmissões esportivas; e a Amazon.com que deu início à venda de livros on-line.



Uma frase de Oprah Winfrey – uma das apresentadoras de TV mais influentes dos Estados Unidos, resume bem a liderança diferenciada:

“O grande segredo na vida é que não há grande segredo. Qualquer que seja sua meta, você pode chegar lá se estiver disposto a trabalhar”.



(Texto extraído do novo livro de César Souza, "Você é o líder de sua vida")

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ser feliz não é pecado


A felicidade é desprezada por muita gente. A pessoa feliz sofre o preconceito de parecer uma pessoa vazia, sem conteúdo. No entanto, algo ela tem, senão não incomodaria tanto. Será que é porque ela nos confronta com nossa própria miséria existencial? É irritante ver alguém naturalmente linda, rica, simpática, inteligente, culta, talentosa, apaixonada e, ainda por cima, magra! Essa ninfa nunca ouviu falar em insônia, depressão, dívidas, mousse de chocolate?



Os felizes ainda estão associados ao padrão “comercial de margarina”, portanto, costumam ser idealizados - e desacreditados. É como se fossem marcianos, só que não são verdes. Por isso, damos mais crédito aos angustiados, aos irônicos, aos pessimistas. Por não aparentarem possuir vínculo com essa tal felicidade, dão a entender que têm uma vida muito mais profunda. Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso. Mas também não se culpe, porque felicidade é coisa bem diferente do que ser linda, rica, simpática e aquela coisa toda. Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.



O psicanalista Contardo Calligaris certa vez disse uma frase que sublinhei: “Ser feliz não é tão importante, mais vale ter uma vida interessante”. Creio que ele estava rejeitando justamente esta busca pelo kit felicidade, composto de meia dúzia de realizações convencionais. Ter uma vida interessante é outra coisa: é cair e levantar, se movimentar, relacionar-se com as pessoas, não ter medo de mudanças, encarar o erro como um caminho para encontrar novas soluções, ter a cara-de-pau de se testar em outros papéis - e humildade para abandoná-los se não der certo. Uma vida interessante é outro tipo de vida feliz: a que passou ao largo dos contos-de-fada. É o que faz você ter uma biografia com mais de 10 páginas.



Se você acredita que ser feliz compromete seu currículo de intelectual engajado, troque por outro termo, mas não cuspa neste prato. Embriague-se de satisfação íntima e justifique-se dizendo que é um louco, apenas isso. Como você sabe, os loucos sempre encontram as portas do céu abertas.



Rita Lee, que já passou por poucas e boas, mas nunca se queixou de não ter uma vida interessante, anos atrás musicou com Arnaldo Batista estes versos: “Se eles são bonitos, sou Alain Delon/ se eles são famosos/ sou Napoleão/se eles têm três carros/ eu posso voar”. Também faço da Balada do Louco meu hino, que assim encerra: “Mais louco é quem me diz que não é feliz”.



Eu sou feliz.

(Martha Medeiros, do livro ‘Divã’, publicado em 2002; este livro deu origem a uma peça e depois a um filme, ambos estrelados pela atriz Lilia Cabral)