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quinta-feira, 15 de abril de 2010


Uma das características do ser humano é emitir julgamentos o tempo todo. Toda vez que conhecemos algo ou alguém, nos apressamos em criar um juízo tentando avaliar qualidades, defeitos e, principalmente, as intenções. Para tanto, usamos a percepção que é construída a partir de como ‘sentimos’ as coisas e as pessoas.


O problema é que somos, sem exceção, maus juízes; pelo menos enquanto não juntamos todos, ou ao menos quase todos, os elementos necessários para concluir com mais qualidade o que pensamos e o que sentimos sobre as outras pessoas e sobre determinada situação. E isso não é fácil, principalmente porque os julgamentos, quando precipitados, tendem a ser emocionais, relegando a razão a uma segunda instância. E quando, ao contrário, tentamos ser racionais demais, também erramos, pois passamos a desconsiderar valores humanos importantes na composição da pessoa integral...



Mas não se culpe, a psicologia nos explica que julgar pelas aparências é normal. A primeira análise que fazemos de uma pessoa ou de uma situação é aquela que busca defender nossa integridade física, portanto é uma análise puramente instintiva. Nosso cérebro primitivo sempre grita ‘cuidado’ diante do desconhecido, principalmente se sua estética não for parecida com a nossa ou com o padrão que apreciamos. A segunda análise é emocional e apenas em terceira instância fazemos um exame racional.


Por isso, dê sempre um tempo antes de emitir um juízo de valor e tenha consciência de que eles nunca serão completamente fidedignos.

(Eugênio Mussak – Uma coisa de cada vez – Ed. Gente)

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